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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Sentou-se ao computador.
 Pensou na história que imaginara: "Uma mulher está sola no mundo. Todos os outros seres foram mortos. Alguém bate na porta da sua casa."
Não consegue continuar. "Quem fora quem bateu na porta? Um sobrevivente? Um assassino? Por quê o tempo passa tão rápido e tão lento?" 
Olhou para o teclado, ia sentar-se quando o telefone tocou. Atendeu-o e saiu rapidamente de casa...
Voltou, horas depois. Sentou-se ao computador, a história já não fazia sentido, não tinha a mesma força...
E a noite chega e a escuridão vai preenchendo a sala. Ouve una música que gosta. Esquece a escrita e decide deixar que outros terminem a história que já não tem jeito para ela. 
Devagarinho, vai até a casa de banho onde enche a banheira de água.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Lenda da cabaça dos bijagós




Era uma vez uma cabaça que atravessou o océano e chegou à ilha dos Bijagós.
Quando conheceu as cabaças da ilha, descobriu que ela era mais pequena que as outras.
Foi então à procura do feiticeiro do clã para lhe perguntar o que tinha de fazer para ser como as cabaças autótones.
À caminho da cabanha encontrou-se com uma menina formosa e pequenina, Buba, que quando deu por ela, ficou maravilhada porque nunca tinha visto uma cabaça tão pequenina.
A cabaça, apavorada, deu um pé atrás. Mas Buba, muito delicadamente, apanhou-a e pôs arroz no seu interior.
Buba levou-a para a cabanha do rapaz mais bom e corajoso da aldeia e ofereceu-a como presente de amor.
O rapaz ficou totalmente apaixonado por Buba e por aquela cabaça tão pequenina. A cabaça sentiu-se muito feliz pelo seu destino.
Desde então, os Bijagós semeiam esta lenda, as jovens presentam cabaças com arroz aos seus namorados, tal e qual fizera Buba.

Lenda criada pelos alunos/as do nível avanzado 2 da EOI de Zafra

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Alimentos alternativos

A Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) defende que os insetos, consumidos atualmente por 2.000 milhões de pessoas, são uma alternativa promissora à produção convencional de carne, com vantagens para a saúde e o ambiente.

   «Os insetos como alimento para humanos e para animais emergem como um assunto especialmente relevante no século XXI devido ao custo crescente da proteína animal, à insegurança alimentar, às pressões ambientais, ao crescimento da população e à procura crescente de proteína animal por parte das classes médias», disse a FAO num relatório  publicado.
Vejam o vídeo e não percam nada o que diz!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

PALOP

PALOP é um acrônimo com o qual fazemos referência aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Os portugueses chegaram à Africa no século XV. Após a conquista de Ceuta em 1415 e com o objetivo de descobrir uma rota segura às Índias, longe dos perigosos piratas berberescos, marinheiros portugueses começaram a exploração da costa africana. Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança em 1488, e em 1498 Vasco da Gama chegou à Índia. Embora o império acabasse por desaparecer, a presença portuguesa no continente africano manteve-se até o século XX. Entre 1973 e 1975 as antigas colônias obtiveram a independência, mas a língua portuguesa continuou a ser língua oficial em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, os PALOP. São membros também da CPLP, da que falámos noutro dia, mas tem entre eles uma relação especial: além da herança portuguesa são países africanos. E África é um continente por descobrir...




quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Évora, dois restaurantes de pedir por mais

Quando falamos do Alentejo, Évora é alvo das olhadelas de todos nós. A sua rica história, o seu excepcional património cultural, e o seu atractivo de cidade antiga, fazem possível que seja o grande centro turístico da região.
Além desta herança cultural de mais de dois milênios, Évora oferece ao visitante uma excelente recapitulação da tradição culinária alentejana  tornando à cozinha eborense numa iguaria merecedora  dos melhores mantéis e talheres. E, para representar certamente esta cozinha,  a seguir faço menção  de dois restaurantes merecedores de distinção, mas com algumas informações deles  pouco divulgadas e precisas por vezes.
   
restaurante fialho Mítica casa fundada em 1948, é hoje considerada por muitos críticos como um verdadeiro templo da gastronomia alentejana. Mas, ainda que o seu ambiente seja acolhedor em todas as salas de refeições, tente comer nas salas interiores dado que o vestíbulo ou zona de bar,  foi transformado também em refeitório e por consequência, é local de passo, ponto de espera e de fazer bicha. 
Com boa cozinha de sabor regional e muito “saber-fazer”, conta-se que o costume generalizado hoje em Portugal de oferecer pequenos pratos ao início das refeições  começou justamente aqui neste restaurante. Comidas saborosas como: Espargos bravos com ovos; Cogumelos recheados; Bacalhão com grão; Presunto e enchidos; Ovos de codorniz;... são fundamentais na lista de Entrantes da ementa de Fialho. Mas também, para quem não conheça o “sistema”, tenham em conta que todos os pratos apresentados na mesa, muitos neste restaurante,  têm preço, isto é, nenhum deles são oferecidos de modo gratuito como os famosos aperitivos espanhóis.
Para entrarmos na matéria dos PRATOS PRINCIPAIS, os pratos de tacho, tais como:  Açorda alentejana e a Sopa de cação ou de perdiz, o Ensopado de borrego e o Arroz de pombo são uma escolha certa, podendo realmente aconselhar a Perdiz Escabechada (18€) ou a Perdiz à “Convento da Cartuxa”...
Nas carnes é difícil resistir aos pratos de porco preto grelhadas a preceito, sendo recomendável a Presa com acompanhamento de migas (15€).
E para coroar o cardápio, e também para quem tiver resistência suficiente, chegamos à SOBREMESA repleta de delícias da doçaria portuguesa tais como: Encharcada de Mourão, Ovos moles ferrados, Pão de rala, Torrão real de Évora, e as tìpicas Quixadas de Évora, oferecidas pelo empregado de mesa, mas também incluidas depois na conta. Como conselho, provem  o Tecolameco (4,8 €), doce com parecenças ao famosso doce de Olivença em Espanha.
No CAPÍTULO VÍNICO, a carta é extensa estando representadas amplamente regiões vinícolas de Portugal. Recomendação: VILA SANTA SYRAH 2.011 (25€ em restaurante)
INCONVENIENTES: Não há casa de banho adaptada para diminuídos físicos e o acesso ao compartimento  conta com três degraus insalváveis para muitas pessoas.
PREÇO MÉDIO: 35€. (Pode-se incrementar com as tulipas iniciais (2€), o café (1,25€) e a amarguinha (5 €)).
* Todos aqueles que desejarem aumentar o conhecimento das receitas alentejanas, poderão comprar os livros “Restaurante Fialho da Gastronomia Alentejana” e “O Senhor do Montado” os dois disponíveis à venda no mesmo restaurante.

 RESTAURANTE CAFÉ ALENTEJO
Junto à Praça do Giraldo, na rua do Raimundo, situa-se no número 5 este restaurante que vem dos anos 40, e donde tanto vai quem está de passagem como quem vive na cidade.
Com uma decoração sem pretenções, mas delicada, e distribuição de mesas em duas salas, neste espaço podemos encontrar também uma boa amostra da cozinha alentejana.

Espargos salteados (6,8 €), Azeitonas, Saladinhas frias de vinagrete,...para a LISTA DE ENTRADAS, e nos seus PRIMEIROS PRATOS,  entre alguns, o Rabo de boi estofado, o Bacalhao assado  e um excelente Bacalhao gratinado com espinafres (5,5 €) realmente aconselhável. Mas, não se esqueçam de fazer pedido de meias doses já que neste restaurante são muito generosos nas porções.
Com CARTA DE VINHOS correcta, o vinho do mês de outubro,  Antonio Futuro  vinho verde tinto (8€ em restaurante), não é digno duma boa recomendação. Mas, além desta pequena observação, tenham em consideração umas SOBREMESAS que também não destoam.
VANTAGENS: Preços muito convidativos com boa comida no centro histórico da cidade.
INCONVENIENTES: Acesso ao local com degraus e não há casa de banho adaptada para diminuídos físicos.
PREÇO MÉDIO: 15€. (Pode-se incrementar com o vinho, as tulipas iniciais (1,6 €), a imperial (1,10 ) o cafe (0,8 €) e a amarguinha (2,5 €).

Meus queridos colegas, ao abrigo da cultura podemos tirar proveito da gastronomia e tem motivos sobejos para não deixarem de visitar Évora num bom dia de Outono, falar com as castanheiras e comer num destes dois locais. Seguramente depois desejaremos voltar e PEDIR POR MAIS.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ROBERTO CARLOS

Falar do maior representante da música brasileira ao nível internacional nos últimos trinta anos do século vinte é falar de Roberto Carlos, o cantor e compositor romántico que cantou ao amor, à amizade, à família, a Deus e à preservação do meio-ambiente.
No dia de hoje queremos fazer uma homenagem ao rei da música latina, ao músico brasileiro do sorriso permanente, da voz tranquila, que transmitiu o sentimento nascido nas fontes da alma cantando não só em português, mas também em espanhol, francês e italiano.
Qualquer que tenha ouvido as canções de Roberto Carlos concordará comigo em descrevê-lo como o cantor que queria fazer um coro de passarinhos, que queria ter um milhão de amigos e assim mais forte poder cantar; que tinha um gato que estava triste e azul; que tinha às vezes vontade de ser novamente um menino; que era amigo de tantos caminhos, de tantas jornadas, cabeça de homem, mas o coração de menino; que queria ser civilizado como os animais; que era daqueles amantes à moda antiga, que costumam cada dia mandar flores; que dizia que o seu amor no sexo era mesmo uma coincidência total de côncavo e convexo, pois cada parte de nós tem a forma ideal quando juntas estão; que na distância muitas vezes ele pensou em voltar e dizer que no seu amor nada mudou, mas o seu silencio foi maior.
Como homenagem hoje escolhemos quatro famosas canções dele para partilharmos com vocês, quatro vídeos cujas letras nos farão refletir sobre os tópicos que trata em cada uma delas, assuntos que espelham a importância de valorizar tudo aquilo que possuímos no dia a dia e que às vezes passa despercebido.
Lady Laura foi uma canção que Roberto Carlos dedicou à mãe, Laura Moreira Braga. Trata-se de uma reflexão nostálgica sobre os tempos nos que era uma criança, tempos nos que tudo era mais fácil e sentia-se mais seguro.
Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo é um tema composto em honra do pai nos últimos anos de vida. Neste caso, anexamos a letra desta balada para que o visitante a este blogue possa seguir a canção com precisão.
Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo     (Roberto Carlos)
Esses seus cabelos brancos, bonitos,
esse olhar cansado, profundo
me dizendo coisas, num grito,
me ensinando tanto do mundo...
E esses passos lentos, de agora,
caminhando sempre comigo,
já correram tanto na vida,
Meu querido, meu velho, meu amigo.

Sua vida cheia de histórias
e essas rugas marcadas pelo tempo,
lembranças de antigas vitórias
ou lágrimas choradas, ao vento...
Sua voz macia me acalma
e me diz muito mais do que eu digo
Me calando fundo na alma
Meu querido, meu velho, meu amigo.

Seu passado vive presente
nas experiências contidas
nesse coração, consciente
da beleza das coisas da vida.
Seu sorriso franco me anima, 
seu conselho certo me ensina,
Beijo suas mãos e lhe digo
Meu querido, meu velho, meu amigo.

Eu já lhe falei de tudo,
Mas tudo isso é pouco
Diante do que sinto...

Olhando seus cabelos, tão bonitos,
Beijo suas mãos e digo
Meu querido, meu velho, meu amigo.  

Amigo de Fé é uma linda canção que apresenta as suas profundas crenças cristãs e, é claro, a sua letra não só contem uma mensagem dirigida a Deus, mas também a todas essas pessoas que estão mais perto de nós em todos os momentos, quer felizes quer difíceis, da nossa existência.

O Progresso é um canto à vida, à natureza tal como nos foi dada, à preservação dos rios e mares, das matas e florestas, dos animais com os quais partilhamos o planeta, do céu limpo e azul,... e tudo isto com um único objetivo: lembrar que, apesar da força do dinheiro, nós os humanos não somos os donos do planeta e que, portanto, devemos oferecer a oportunidade de desfrutar dele às futuras gerações.