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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Hífen ou não hífen? Com ou sem o “c”? Maiúscula ou minúscula? Acentos? Com certeza que todos alguma vez temos pensado que a ortografia portuguesa, que já era uma loucura para nós, coitados espanhóis, tornou-se numa maluquice com isto do Novo Acordo Ortográfico. Mas o desejo de estabelecer regras na dita ortografia não é nova. No início do século XX Portugal fixa pela primeira vez uma ortografia de referência para as publicações oficiais e para o ensino, porém não fosse de aplicação ao resto dos países lusófonos. Desde então é que se têm produzidos inúmeros esforços para conseguir, através de um tratado internacional, normas comuns que rejam a ortografia oficial de todos os países de língua portuguesa.

Houve um primeiro acordo em 1931, que seria interpretado de distintas maneiras pelos portugueses e pelos brasileiros, os principais interessados neste acordo com prejuízo para o resto dos lusófonos. Em 1945 foi assinado um novo acordo ortográfico que só aplicou Portugal. Nas décadas seguintes houve vários intentos de conseguir o consenso, mas não pôde ser atingido até 1990. Seja como for, o Acordo (ou Novo) Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, foi assinado por Portugal e Brasil, além de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe nessa data, e por Timor-Leste em 2004 após ter conseguido a sua independência.

O Acordo tem entrado em vigor no início de 2009 no Brasil e em 13 de maio de 2009 em Portugal, com um período de transição de três anos no Brasil e de seis anos em Portugal. Exceto Angola e Moçambique, todos os países da CPLP já ratificaram todos os documentos conducentes à aplicação da reforma.

Haverá quem seja favor, e quem seja contra. Mas pelo sim ou pelo não convém conhecer as novas regras. Abaixo, um link da revista Visão, com um breve resumo sobre o Novo Acordo. E para aqueles estejam dispostos a serem peritos na matéria, o Acordo completo. 




quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

PASTÉIS DE BELÉM

Pastéis de Belém, sem segredos!
(Freiras, Frades, Revolução, Engomado, e a minha Receita)

A pastelaria portuguesa é um verdadeiro tesouro, é cultural como o fado, e os portugueses orgulham-se ao falarem dos seus pastéis, e de maneira particular, dos seus Pastéis de Belém. Não é para menos!.

Como todos os bons doces, estes também gozam dumas raízes coventuais,  e porventura a qualidade tenha sido pela água benta!, mas neste caso não, e vejamos a razão.

Ao chegarmos à altura dos inícios do século XIX na história de Portugal, e por causa dos tempos convulsos vividos pelos habitantes da época, com ingleses e franceses no meio, e desejando ainda a volta do Rei D. João VI, do Brasil, incitou-se em 1820 à Revolução Liberal Portuguesa em Porto,  passando assim Portugal a ser uma Monarquia Liberal.
- E agora é lógico pensarem!, onde é que estão os Pastéis de Belém na história?. Pois é!. 

Em consequência desta revolução, em 1834, foi decretada a extinção das ordens religiosas em Portugal, fecharam-se todos os conventos sendo expulsos o clero e os trabalhadores, e dentre eles, do Mosteiro dos Jerónimos de Santa Maria de Belém, sito em Belém, uma freguesia de Lisboa.

Ora bem, no momento de atingirmos este ponto na história, a origem dos pastéis tem duas faces diferentes, uma de frades e outra de freiras, e eu escolhi a variante feminina, embora seja a menos provável, mas sim a mais generalizada nas freiras protuguesas.
Antigamente, a clara de ovo era aproveitada para muitas coisas, e uma delas para engomar, sim, as freiras usavam clara de ovo para engomar os seus hábitos!. E, ainda que isto possa dar mostras de certo coquetismo, manifestamente  impossível como é muito lógico, as freiras engomavam as suas vestes  provávelmente para prolongarem a vida útil destas, visto que a goma de clara de ovo formava uma camada fina e superficial que impedia a aderência da sujeira ao tecido.
- Mas, que acontecia com os gemas?. Agora sim!, com elas faziam os nossos Pastéis de Belém.
Como já disse, por causa da Revolução Liberal, e uma vez “postos na rua” o clero e os trabalhadores, um deles, padeiro do Mosteiro, quer pelo desemprego, quer numa prova romântica de superviência do receituário conventual,  resolveu vender a fórmula dos Pastéis de Belém  a Domingos Rafael Alves, proprietário duma refinaria de açúcar e que, “vivo como um rato”, aproveitou o lance e desde lá, desde 1837 a pastelaria continua a ser dos descendentes deste alfacinha, e situada ainda hoje, na Rua de Belém nº 84, com marca registada, 150 empregados, 10 salas e 410 lugares sentados, e com uma verdadeira Oficina do Segredo!, onde os três mestres sob assinatura de confidencialidade, mantêm viva esta tradição da doçaria conventual do Mosteiro dos Jerónimos.

E agora senhores o mais importante,   a receita,   será a verdadeira?.
Terão de experimentar!
Ingredientes para o creme: 12 gemas de ovo, 12 colheres de açúcar  (colher de sopa), 650 ml do creme de leite (nata), pau de canela.
Ingrediente para a massa folhada: 300 gramas de farinha de trigo peneirada, 150 ml de água fria, 200 gramas de manteiga quanto mais gelada melhor, una culher de sal (5-6 gramas).
    PREPARAÇÃO DA MASSA FOLHADA
Contam que um dos segredos para uma boa massa folhada é o número de vezes em que a massa é dobrada, pois!, vamos ver.
1º.- Misturar numa tigela a farinha com a água e o sal até obtermos uma bola (não deve ser muito amassada).
2º.- Com ajuda dum rolo de massa, estendemos a massa e pomos a manteiga no centro, sendo envolvida  como se fosse num envelope quadrado.
3º.- Novamente com o rolo de massa, estendemos o envelope até formar un pequeno rectângulo, tentando que a manteiga não saia fora, e levamos 1 hora para o frigorífico.
4º Depois de ter estado por volta de 1 hora no frigorífico, estiramos a massa com o rolo, formamos um retângulo e dobramos em três camadas, e voltamos a repetir esta operação, de forma muito rápida porque trabalhamos com manteiga interior. Embrulhamos a massa em papel plástico e levamos novamente ao frigorífico durante mais 1 hora.
5º.- Repetimos o passo nº 4 inteiro por volta de mais duas vezes, amassamos definitivamente e deixamos repousar. Temos dobrado a massa 6 vezes.
    PREPARAÇÃO DO CREME
1º.- Pomos as gemas de ovo bem misturadas numa panela, acrescentamos o açúcar, juntamos, e depois adicionamos o creme de leite (nata) e o pau de canela.
2º.- Levamos a panela para o fogo e mexemos por volta de 15 minutos até obtermos um creme engrossado.
    PREPARAÇÃO FINAL DOS PASTÉIS DE BELÉM
De novo com o rolo, estendemos a massa e já com as mãos fazemos um cilindro alargado de uns 3-4 cms de diâmetro. Cortamos este cilindro em pedacinhos de 4,5-5 cms, e com cada um deles, e sempre com as mãos, cubrimos os moldes. 
Feitos todos os moldes, recheamos com o creme e levamos para o forno, que estará a 200ºC, durante 20 minutos aproximadamente, e ET VOILÀ!, os nossos Pastéis de Belém, servidos quentinhos com canela e açucar em pó.
É um doce trabalhoso, e precisamos de ter tempo para a sua boa confeição. Não obteremos 15000 unidades por dia, nem faremos bandejas de 60 pastéis cada vez em fornos a 400ºC, mas garanto que o sucesso é real, e o esforço não será em vão, e tenham em conta que esta receita, a minha, ...  NÃO TEM SEGREDO!, eu já fiz muitas vezes.

Mas não se esqueçam, na próxima visita à Grande Lisboa, vão para a Casa dos Pasteis de Belém.
Não há doces iguais!.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

MICHEL TELÓ

 

Esta semana o cantor escolhido é o brasileiro Michel Teló. Nascido no estado de Paraná em 1981, este artista de música disco reconhecido internacionalmente tem tido sucesso no mundo todo nos últimos anos com canções como Ai se eu te pego e Bará Berê entre outras. Além disso, tem interpretado canções com outros cantores como Carlos Vives ou Roberto Carlos e ainda com o futebolista brasileiro do F.C. Barcelona, Neymar.
Nesta ocasião reproduzimos a letra e o vídeo de um dos seus temas mais laureados: Ai se eu te pego. Desfrutem e dancem ao ritmo da música.
Ai se eu te pego.
Nossa, nossa
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego

Delícia, delícia
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego

Sábado na balada
A galera começou a dançar
E passou a menina mais linda
Tomei coragem e comecei a falar

Nossa, nossa
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego

Delícia, delícia
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego

Sábado na balada
A galera começou a dançar
E passou a menina mais linda
Tomei coragem e comecei a falar

Nossa, nossa
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego

Delícia, delícia
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego


http://www.youtube.com/watch?v=r5Lmiml_-hI