A
figura do saci surge como um ser maléfico, como somente brincalhão
ou como gracioso, conforme as versões.
Na Região
Norte do Brasil,
a mitologia
africana o
transformou em um negrinho que
perdeu uma perna lutando capoeira,
imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também, da cultura
africana, o pito, uma espécie de cachimbo e,
da mitologia europeia, herdou o píleo,
um gorrinho vermelho usado pelo lendário trasgo
(um
ser encantado do folclore do norte
de Portugal,
especialmente da região de Trás-os-Montes).
Rebeldes, de pequena estatura, os trasgos usam gorros vermelhos e
possuem poderes sobrenaturais.
A
carapuça que o saci porta sobre a cabeça lhe concede poderes
mágicos.
Considerado
uma figura brincalhona, que se diverte com os animais e pessoas,
fazendo pequenas travessuras que criam dificuldades domésticas, ou
assustando viajantes noturnos com seus assovios – bastante agudos e
impossíveis de serem localizados. Assim é que faz tranças nos
cabelos dos animais, depois de deixá-los cansados com correrias;
atrapalha o trabalho das cozinheiras, fazendo-as queimar as comidas,
ou ainda, colocando sal nos recipientes de açúcar ou vice-versa; ou
aos viajantes se perderem nas estradas.
A
função desta "divindade" era o controle, sabedoria, e
manuseios de tudo que estava relacionado às plantas
medicinais,
como guardião das sabedorias e técnicas de preparo e uso de chá,
beberagens e outros medicamentos feitos a partir de plantas.
Em
2005, foi instituído o Dia
do Saci no
Brasil, comemorado no dia 31
de outubro,
a fim de restaurar as figuras do folclore
brasileiro,
em contraposição a influências folclóricas
estrangeiras,
como o Dia
das Bruxas.
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