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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Cesária Évora



Hoje gostava de dar uma homenagem à cantora africana em língua portuguesa mais famosa da história, a mulher dos pés nus, a rainha da morna, Cesária Évora, uma cabo-verdiana orgulhosa de ser a um mesmo tempo portuguesa e cabo-verdiana, de ter nascido nestas ilhas do Atlântico e ter espalhado pelo mundo todo as lembranças da terra que um dia a viu nascer através das saudades que transmitem as letras e melodias que a cadência suave da sua voz temperada interpreta.
Falar de Cesária Évora é falar da morna, esse estilo de música que bem podia ser nomeado mesmo como o “fado cabo-verdiano”, pois conjuga em si próprio a saudade e a expressão mais profunda da mistura das línguas portuguesa e crioula que se falam nesta terra.
Cesária faleceu há quase dois anos, mas o som da sua morna ainda continua a balouçar nesse sopro de ar limpo e salgado, quer fresco quer temperado, do Atlântico que nos visita com frequência e nos perfuma com o cheiro português e crioulo da África.
Em resumo, o nosso alvo hoje é duplo: de um lado, trazer à nossa memória a lembrança de uma diva que nos deixou em dezembro de 2011, Cesária Évora, e de outro lado, amostrar ao leitor e ouvinte a variedade da língua portuguesa que é falada nas ilhas atlânticas africanas de Cabo Verde, e tudo condensado numa canção, Sodade, que exprime em si própria saudades de uma terra calma e modesta.

Origem da fotografia: Google images.

 

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