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quarta-feira, 23 de abril de 2014

ADIVINHANÇA

Descubra o conto de Mia Couto de que estamos a falar...

Este conto não segue as leis da lógica. A subversão, aqui proposta, exige muita atenção por parte do leitor. A sua extensão não é muita mas cada palavra é um símbolo da luta pela liberdade do protagonista apesar dos acasos da sua vida. Os mesmos acasos que fazem parte da história do seu país. Se a liberdade está no homem  e o homem acaba com a vida, a vida ainda existe, está ali, sai de um lugar e volta para o mesmo lugar por razões que ele próprio não percebe, não sabe quem é o seu amigo, e isso devasta, e revolta, onde está essa liberdade do homem no mundo? A história de vida de um homem que para perante os acontecimentos. A crítica coutiana fala das conversas com os mortos na escrita do nosso autor: qual homem mais morto do que aquel que não pode dispor da sua própria liberdade? Mas, como atingir uma liberdade que não se conhece? Se formos livres através do engano, do acaso, da mudança do tempo, qual é a perspetiva certa? Quem se balanceia: o homem, a cadeira ou o mundo?

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