Começamos
o ano com uma lenda das Açores...
Era
uma vez, há muitos anos, no lugar onde hoje fica a freguesia das
Sete Cidades na Ilha de São Miguel, existia um grande reino onde
vivia uma jovem e bondosa princesa de olhos azuis. A
princesa adorava
a vida campestre e frequentemente passeava pelos campos,
deliciando-se com o murmurar das ribeiras,
sentindo o cheiro das flores ou apenas
apreciando a beleza dos montes e vales que rodeavam o reino.
Um
dia, durante um dos seus longos passeios, a jovem princesa passou por
um prado onde pastava um rebanho. Ali perto, tomando conta dos
animais, estava um jovem e simpatico pastor de olhos verdes, com quem
a princesa decidiu conversar.
A
princesa e o pastor falaram muito. Falaram dos animais, das flores,
do tempo e de todas as coisas simples e belas que os rodeavam. Depois
deste dia, os dois passaram a encontrar-se todos os dias para
conversar, no
mesmo lugar onde se tinham conhecido.
Com
o passar do tempo, os jovems de belo olhar foram-se apaixonando e
acabaram por trocar juras de amor eterno.
Mas
a notícia dos encontros da princesa com o pastor acabaram por chegar
aos ouvidos do rei, que não ficou nada satisfeito. Queria ver a sua
filha casada com um príncipe dum dos reinos vizinhos e, por isso,
proibiu-a de voltar a ver o pastor.
A
princesa, que conhecia as suas responsabilidades, aceitou esta cruel
decisão, mas pediu ao seu pai que a deixasse ir mais uma vez ao
encontro do pastor para se poder despedir dele. Sensibilizado com o
profundo sentimento, o rei acedeu o pedido.
A
princesa e o pastor encontraram-se pela última vez nos verdes campos
onde se conheceram… Mais uma vez, passaram o tempo a falar
longamente, mas tristemente, sobre a sua separação. Enquanto
conversavam, choravam. E choravam tanto que as lágrimas dos olhos
azuis da princesa e dos olhos verdes do pastor caíram com tanta
intensidade que correram pelo vale.
Por
fim, os dois amados despediram-se por sempre, mas as lágrimas
choradas pela sua separação tinham formado duas lagoas que ficaram
para sempre juntas: a Lagoa Azul dos olhos da princesa e a Lagoa
Verde dos olhos do pastor - tal como os dois enamorados, nunca se
poderiam unir, mas também nunca se iriam separar.
Nos
dias de sol mais brilhantes, as cores das duas lagoas são tão
intensas que quase se consegue imaginar o apaixonado olhar dos jovems.
como e que eu ponho isto num trabalho em power poit
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